terça-feira, 9 de março de 2010

Não basta xingar, bom mesmo é esculhambar


Já que o amendoim está caro, só restou-lhes reclamar...
Por Gustavo Quattrone
Noite levemente úmida, noite de Palmeiras e Sertãozinho. O mandante em busca de livrar-se de uma crise que já se arrasta desde o ano passado. O visitante em busca de permanecer na divisão de elite do Campeonato Paulista. Nos bons tempos; uma partida para ir com a família – mãe, pai, vô, vó, cachorro - , afinal é vitória na certa. ERRADO.
Primeiro tempo feio, feio não... horrível! 1x1, sem grandes emoções. E o amendoim... quem sabe com ele o jogo se torne mais interessante. Que nada, R$ 4,00 por um Mini-saquinho? Prefiro o jogo ruim.
As equipes descem aos vestiários e retornam após 10 minutos. Bola rolando novamente. Mas rolou por apenas 5’, pênalti Sertãozinho. Marcos no centro da meta, Ricardo Lopes corre... bate... GOL. Silêncio no estádio.
Silêncio que dura pouco. Como um trovão que precede a tempestade, a torcida privada de comer seu amendoim começa a rasgar ‘carícias’ à Antonio Carlos Zago, treinador do alviverde acolhido. “Seu... seu... safado! Filho *&#$@. Pilantra, vai *^$% @#*&^!” e daí pra pior.
Em nenhum momento o treinador mostrou-se desconcentrado pelas ‘sutilezas’ à ele oferecidas. Até que um dos enfurecidos pela falta de amendoim levanta sua voz em meio à multidão com um inconfundível sotaque nordestino: “Seu preconceituoso sem vergonha da peste rapai!”. Xiiiiiiii, aí não! Em frações de segundo Zago fitou-o diretamente. Nada falou, porém seus olhos tudo disseram!
A partida rolava, Lenny foi substituído. “Oh Lenny ...Vi*d%, o Lenny Vi*d%...”. Com as entradas de Willian, Ivo e Daniel aequipe virou a partida. Mas nem assim o valor do amendoim diminuiu. A partida terminou com músicas oferecidas especialmente à Lenny, Robert e Belluzo. A partida foi um verdadeiro show musical, ainda que com duras e exageradas críticas .
O que a falta de um simples amendoim não faz hein?

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